top of page

Repentes (jul / 2011)

-
00:00 / 00:00

Melodia - Gielton

Letra - Gielton e Lorene

 

Hoje estou aqui pelos repentes

desses versos e reversos

que revelam essa canção.

Venho com profunda humildade

na esteira da saudade

falar coisas algo em vão.

 

Escolhi palavras a meu gosto

mas quem sabe qual o gozo

aos ouvidos chegarão!

Não me pergunte a origem dos meus versos

eu só falo o que falo

será isso inspiração?

 

Viver não é brincadeira não

rodopiar feito peão

às vezes a bailar

nem sempre acertar

me enroscar no seu cordão.

 

Agora eu quero apenas lhe dizer como um doutor 

de que são feitas

as coisas todas desse mundo.

Os sábios já diziam há muito tempo

da existência de quatro 

elementos substanciais.

 

Hoje já sabemos o buraco

que existe em cada parte 

de nosso interior

Viver a ilusão de preencher

cada vazio, inventar 

um jeito único de ser

 

 

Pretendo enumerar se me permite

alguma forma de a energia

produzir em seu lugar.

Labuta ao lavar com o suor 

do dia-a-dia planta, colhe 

e até voa no ar.

 

Inventos impressionam nosso tempo

não se iluda esteja atento

ao dano que isso causará.

Estufa o efeito, aquece o globo 

como um todo, jorra água, 

seca fonte são sinais!!

 

Há sempre a esperança do mocinho

o herói que vem de lá

a indicar um certo rumo.

Me aprumo para ver inebriado 

tal façanha que até sonho 

acordado no futuro.

 

Mas devo lhe alertar senhor doutor

para o perigo de apostar

em qualquer grande solução.

Se a dúvida não move a justiça

nem cogita onde está

a consciência da ciência.

 

 

E agora, ô seu Zé

pensar o que fazer!

dar no pé, fincar o pé

intactos ou cacos pelo chão?

 

Veja bem, seu doutor

inspire a sua dor

ao revés da maré

destemperar, forjar novo sabor.

 

 

se enroscar no meu cordão.

me enroscar no meu cordão.

se enroscar no seu cordão.

 

--------------------------------------

Violão e voz - Gielton

Guitarra - Felipe Villas Boas

Bateria - Eduardo Cunha

Baixo - Bruno Canuto

Percussão - Geovanne Sassá

 

Esta foi a última das composições apresentadas nesse CD e também inaugurou novas possibilidades musicais. Foi nosso primeiro quase baião. Teve seu início, como muitas outras, em uma de nossas férias, em julho de 2010, e só conseguimos terminá-la um ano depois. 

 

Foi também das últimas músicas a serem gravadas. Nessa época, estávamos tocando em um bar. Apresentávamos sambas e bossas novas, além de nossas canções. O baixista Bruno Canuto já participava da banda e de forma quase improvisada tocamos Repentes, cujo arranjo praticamente nasceu nesse dia, sem muitos ensaios e estudos.

Textos - Gielton e Lorene / Projeto gráfico - Dânia Lima

  • Ícone de App de Facebook
  • YouTube clássico
  • SoundCloud clássico
bottom of page