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Atualizado: 4 de ago.

Gielton


pena de escrever sobre o caderno



Diário: conversa silenciosa com os próprios pensamentos — chave de acesso aos dizeres da alma, nem sempre com tradução simultânea.


Foi dele, do simples gesto de colocar o celular entre os dedos e teclar desvairadamente, dia após dia, em lampejos cotidianos, que a escrita acomodou-se em minha morada.


Quando isso acontece, não tem mais "escapatória" — o vício instala-se como trepadeira em muro esquecido.


Mais do que subliminar,

mais do que entrelinhas.

À beira do inevitável,

só nos resta aceitar.


O pior, ou o melhor, é quando passado o tempo, as letras se acomodam como abóboras na carroça e, no balanço, exalam para dentro de outros corações.


Quando isso acontece é pura conexão.


Mais do que sentido,

mais do que força,

mais do que laço.


Assim, as ESCRIVÊNCIAS vieram ao mundo.



 
  • Foto do escritor: Gielton
    Gielton

Gielton


Flor representando Prelúdio

Há sabores e silêncios em cada um de nós. Deixo, nestas linhas, um pequeno punhado de mim — neste breve balanço do tempo.


Vim das Minas de Milton

e Guimarães,

das esquinas

e dos sertões.


Gosto de gente.

Ponho reparo.

Revelo conceitos.


Assim,


Palavras guardadas escapam em crônicas, como quem empilha tijolos


Meu coração bate sincopado na cadência do samba que nasce entre colcheias.


Ensino Física,

confidencio mistérios.


Neste canal, misturo ciência, arte e afeto.


Bem-vindo ao meu canto — talvez apertado, mas onde sua voz é sempre vinda.

 

Atualizado: 18 de mar.

Gielton




Borboleta pousando





"Eu bebo sim, estou vivendo.

Tem gente que não bebe está morrendo..."


Parei de beber. Não para morrer. Tão pouco para viver. Só porque não mais cabia na minha vida. Transbordou.


Aliás, vida e morte se encontram no infinito? Lá no fim da linha? Ou seria no começo? Ou recomeço... Ou recomeço do recomeço?


Mistérios são fontes intermináveis de doutrinação. Quando o coração deixa de impulsar, haverá uma cadeira à direita do "Criador". Sente-se, ELE pode te convidar. Talvez, as labaredas do terrível calor do inferno sejam mais quentes que se imaginava. Porquê estou aqui? Quem sabe, acolhido em outra dimensão por energia pura, livre de todas as dores do mundo.


Não importa o credo, o real é aqui e agora, onde o toque tatea desejos. Vemos, ouvimos e saboreamos, mais do que horizonts, canções ou doces de leite. Aromas nos levam, em segundos, a outros tempos.


Em algum ponto do universo, uma cena banal, um simples jeito de andar, um sorriso leve ao interlocutor, um olhar despretensioso ou apenas algo inexplicável, faz o tum tum disparar em galope frenético. Haja sangue para irrigar tanta emoção.


É o sentindo a VIDA. Tão real quanto um copo d'água e tão frágil como uma borboleta. Bonita e colorida. Longa e certeira, amável e ruidosa. Dolorida e desumana.


Nosso apreço por ela é colossal. Abandoná-la, jamais. Esticamos a corda até o limite fatal. Na iminência de desenlaçar... é um deus nos acuda! Nesse aperto oramos, mesmo os mais incrédulos.


Raros constroem sabedoria para dizerem a si: é chegada a minha hora. Avisto a bandeirada final da corrida da vida onde não há vencedor nem perdedor, apenas crescimento na sua medida. Vou feliz e realizado. Entrego-me em paz ao mistério. Até!


Assim, a vida! Um pulo para a morte.

 

Textos - Gielton e Lorene / Projeto gráfico - Dânia Lima

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