O QUE É, O QUE É?
- Gielton
- 27 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de jul. de 2024
Gielton

É como o sorriso. Não a gargalhada espalhafatosa que camufla a tristeza nos recônditos das vísceras. Nem tão pouco, o sorriso amarelo. Esse que, sem cor, não fede e nem cheira. Diz pouco, ou quase nada. Indifere.
Se conecta à esperança. Sincero olhar vendado adiante. Mesmo assim, capta um, entre tantos fins e recomeços. Não ilude a si e aos outros, apenas reconhece a luz por vir. Fixa o certo emaranhado à dúvida.
O tempo é seu maior aliado. Sabe disso, conta com isso. Não possui sua medida. Uma ampulheta ou o mais preciso cronômetro digital, mas sabe: tudo passa e não há tempo que algeme às intempéries.
É aceitação arredondada, sem quinas por onde escapem a realidade. Conhece seus contornos, distingue as partes e constrói seus próprios caminhos. Não se submete ou se entrega às adversidades. Sem elas, não existe.
Diz, paciência é virtude. Vive ao seu lado sem desistir. Espera o necessário sem desespero. Encontra equilíbrio entre o hoje e amanhã. Não se afoga, mesmo quando está prestes a transbordar. Respira fundo e aguarda.
Caminha de mãos dadas com o otimismo. Lado a lado encontram brechas nos muros da vida, à primeira vista, intransponíveis. Sabem juntos que derrubar a muralha do infortúnio não é boa estratégia. Então, esticam e afinam para contornar ou encontram orifícios por onde atravessam. Passam juntos para o lado de lá com resvalos, é claro
Conhece a chuva invernada de cor cinza e horizontes encurtados que umedece, mofa e angustia. A mesma que nutre, abastece de vida a terra, os rios, as fontes. Sabe do sol que arde e avermelha, torra e empoeira, mas aquece termômetros em invernos congelados.
A sabedoria lhe apetece! É parte dela.
Pode se travestir de vários nomes ou codinomes.
Assim, a vida! O que é?
<imagem gerada por AI>
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