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SERÁ QUE DEU ERRADO?

  • Foto do escritor: Gielton
    Gielton
  • 18 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de set. de 2022

Gielton





Alguns gostam de planos. Sentem-se seguros com ideias organizadas e ações em rumo. Primeiro isso, depois aquilo. Impõe ordem ao tempo que, caótico, os desprezam. São um nada diante de sua vastidão. Imagine! Quanto tempo já se passou desde o Big Bang?


"Coisa que gosto é poder sair sem ter planos", como diziam Milton e Fernando Brant, tem aqueles que preferem a vida em outra pulsação. Como que suspensa por um fio prestes a tombar. Basta um escorregão e... Tibummm! Sem controle, sem nexo, sem necessidades...


De toda forma, olhamos para frente com as viseiras do desejo. Enxergamos através das lentes do interesse iminente. Nossas escolhas ancoram-se em prognósticos do logo em seguida, do quase instantâneo.


De repente, uma tecnologia "lentea". A mensagem sem "vezinhos" azuis abre um vazio atulhado de fantasias. A bola ricocheteia a trave e, por segundos, o time do coração fica em segundo. Veio a menor do estudo a nota da prova. Ela tanto merecia. Conjecturam!


E quando o arroz queima? A batata assa a mais! O delivery, tão esperado, atrasa... Ah, que mundo injusto! Oh Deus desatento. Levou tão cedo a melhor amiga. Ainda tão viva e com tanto a ofertar! Que bobeira deixar escapar diante do nariz a melhor decisão na hora certa. Esse pneu tinha que furar, logo agora, em meio à tempestade? Quanto azar!


Será que deu certo? Ou deu errado? Algo saiu do previsto, mesmo que o augurado seja sem profetizacões exatas!


Vivemos mergulhados em uma atmosfera que turva nossa visão. Pouco percebemos além do tempo. Menos ainda à distância. Somos como fotografias que flagram cenas átimo a átimo. Limitados em nossa própria densidade avistamos quase nada além da luz.


Assim, nos é impossível conectar ao futuro próximo, mesmo que seja do pretérito. Os "ses" já não adiantam mais. Além da clareira há espaço e direções inimagináveis.


Então, pode ser que o plano não concluído seja a razão do sucesso obtido. A demora indesejada, a salvação do acidente no asfalto. A gestação interrompida, a esperança de outra vida em curso...


Ah, quão pequenos somos diante de olhares amplos dos quais, às vezes, só compreendemos tempos adiante. E olhe lá! Quando, por ventura ou desventura, encaixamos alguma peça do enorme quebra-cabeça da vida. Jamais saberemos, de fato, a razão dos fatos!


Assim, a vida. Por trás de cada falha uma justeza por esperar.


Imagem do post em <https://pin.it/60638nC>


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Textos - Gielton e Lorene / Projeto gráfico - Dânia Lima

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