PARA ALÉM...
- Gielton
- 30 de out. de 2019
- 1 min de leitura
Gielton

Estive hoje em um velório. Pensamentos invasores de ideias expressam. Seria a morte arbitrária? É justa a vida?
Poxa, tantos casais estranhos. Logo ele que, com ela, formavam um par tão perfeito. Pareciam tão felizes! Andavam sempre juntos. Eram tão companheiros.
A morte é um refletir-se sobre a vida. E se fosse comigo? E se fosse eu quem ficasse? Ou quem fosse?
Pediria como Noel Rosa.
"Não quero flores nem coroa com espinhos só quero choro de flauta violão e cavaquinho"
Aquietei-me em um canto. Deixei as pálpebras caírem e os cílios trazerem um pouco de escuridão. É necessário tempo para sair de um mundo e entrar em outro. Aos poucos fui me deixando.
Os sentidos aguçados tornaram estrondosos os sons do hall. Um borbulhar de gente papeando. Nem tinha notado antes. Mesmo assim, fui indo. Para dentro ou fora de mim? Nem sei.
Alguém, na curva, proferiu:
- A película do filme da vida é translúcida. Visão não é um sentido que capta sentidos, apenas aparências. Essas, dizem pouco sobre o grande quebra-cabeça das existências.
Assim, a vida. Nem tudo é explicável daqui.
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