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TOLOS PENSAMENTOS

  • Foto do escritor: Gielton
    Gielton
  • 30 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de nov.

Gielton

Mão de um idoso recebendo água de uma torneira

Por que tentamos segurar o que escorre?


A vida é frágil, todos sabemos. A morte é a certeza da vida. Deste mundo não levamos nada. No entanto, caminhamos como quem segura água com as mãos, agarrando o que escorre. Apego é tolice antiga que não soltamos. Por quê? O que nos faz tão tolos?


Andei pensando sobre isso. Estou na idade dos pensamentos futuros. Tipo, o que será de mim na virada da página do calendário?

As crianças, peritas do instante, brincam sem medo de perder o tempo. Imersas, lambuzam o queixo apenas para decifrar o sabor vermelho dos morangos. Os jovens, ousados e equilibristas da vida, encaram as paixões como se fossem eternas. E são!

E nós, os já avós, como negociamos com o tempo escasso e, ao mesmo tempo, abundante?


Sabedoria, talvez seja a palavra mágica. Essa não brota do chão mal semeado, nem cai do céu como em dias chuvosos. Muito menos invade os pulmões, como o ar que não pede licença. É uma alvenaria lenta e solitária, tijolo a tijolo. A argamassa que transborda pelas beiradas vem em forma de perdão e aceitação sem julgamentos.


Sabedoria seria o fruto maduro das boas escolhas? Um jeito sereno de estar consigo diante dos outros? Aceitação como chamado para o mais? Ou apenas uma escuta capaz de parar o relógio?


Seja o que for, quero alcançá-la. Deixar fluir a certeza do inesperado. Sentir plena a existência enquanto há tempo. Ser apenas eu em essência. E amar… Com o coração, a voz, as entranhas, o corpo todo. Amar com a alma até transbordar!


Pronto, no dia da partida, fechar a porta com delicadeza, dar um "até logo" baixinho e seguir como quem cumpriu a própria travessia.


Assim, a vida! E só…

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Textos - Gielton e Lorene / Projeto gráfico - Dânia Lima

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